Uma nova cultura. Uma nova referência. Novos relacionamentos. São sempre desafios.
Cada novo mundo implica numa série de mudanças. É um processo de aculturamento.
Eu costumo ouvir pessoas que reclamam de um determinado lugar, seja sobre seu povo, sua cultura, sua forma de falar ou tudo isso junto. Eu acho lamentável. É obvio que algumas cidades ou comportamentos nos agradam mais ou menos. Mas viajar, conviver com outras culturas exige tolerância. Em renúncia de valores. Eu costumo dizer que não se pode comparar o lugar que eu me encontro com a minha cidade natal. Primeiro que nesta comparação envolve necessariamente sentimentos. E ai a análise já sofre bastante parcialidade. Segundo que efetivamente não acredito que se possa comparar uma cultura com outra. Por mais parecida de que seja.O mais gostoso de conhecer novas culturas é exatamente a descoberta do novo. Novas formas de ver uma realidade inexistente. Manter-se aberto e absorver o máximo de informações. Sem pré-conceitos e principalmente pós-conceitos, mas (mais) essencialmente respeito! Cada cultura tem a sua peculiaridade. Se eu gosto ou não é um detalhe puramente pessoal. Eu sinto que esta abertura ao novo me torna mais rico em conhecimento, mais compreensível. Não entendo como as pessoas podem se fechar a isto. Bom, não me cabe fazer juízo de valor. O que posso dizer com certeza é que viajar é mudança. Viajar é crescer. É descobrir outro mundo. E isto é no mínimo uma viagem.
Um espaço de propósitos indefinidos. Apenas um ambiente onde se roubam idéias, pensamentos e sentimentos. Devolvem-se incertezas, distorções e inrealidades. É No Minimo, uma Viagem.
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30 de janeiro de 2006
25 de janeiro de 2006
O Momento
O momento ideal. A hora ideal. A chance ideal. Instantes de certezas ou de dúvidas? Ou será apenas medo? A vida sempre põe bifurcações testando a capacidade que tenho de aproveitar as oportunidades. A toda decisão implica uma possível mudança e tudo o que ela acarreta. Eu me acostumei a não olhar pra trás. Na verdade foi minha mãe que sempre disso isso: meu filho, depois da decisão tomada, nunca olhe pra trás.
Eu sempre tomo isso como referência. O importante é não parar. É não titubear. Depois da decisão tomada não se pode retornar ao instante anterior. A solução é tomar outra decisão. E ai sempre vem a pergunta: era o momento certo? Era a última ou única chance? Não há como ter certeza, mas confesso que com esse pensamento de sempre olhar pra frente, minhas decisões ficaram mais simples e rápidas. Hoje, adoro tomar decisões, mesmo porque, o risco e mudanças inerentes me atraem. As vezes gosto de pensar onde estaria hoje se tivesse tomado outras decisões em minha vida. De criar cenários e conjunturas, muitas vezes comparando com amigos que estavam na mesma situação que eu no instante em que resolvi mudar. Em geral me dou por satisfeito com o que conquistei. Eu sempre digo aos meus amigos: nunca pense no que você largou e sim no que você conquistou!
É uma forma de ter sempre motivação e continuar no processo perene de crescimento e conquistas. Mas não é sempre que acerto na decisão. E quando ela é errada? Ou não é exatamente aquilo que eu buscava? Mantenho minha cabeça olhando pro horizonte. É preciso olhar pra frente. Aprender com os erros. Aprender a não repeti-los. E aguardar outra bifurcação para escolher o novo caminho. E assim segue a vida... e cada nova decisão é no mínimo uma viagem.
Eu sempre tomo isso como referência. O importante é não parar. É não titubear. Depois da decisão tomada não se pode retornar ao instante anterior. A solução é tomar outra decisão. E ai sempre vem a pergunta: era o momento certo? Era a última ou única chance? Não há como ter certeza, mas confesso que com esse pensamento de sempre olhar pra frente, minhas decisões ficaram mais simples e rápidas. Hoje, adoro tomar decisões, mesmo porque, o risco e mudanças inerentes me atraem. As vezes gosto de pensar onde estaria hoje se tivesse tomado outras decisões em minha vida. De criar cenários e conjunturas, muitas vezes comparando com amigos que estavam na mesma situação que eu no instante em que resolvi mudar. Em geral me dou por satisfeito com o que conquistei. Eu sempre digo aos meus amigos: nunca pense no que você largou e sim no que você conquistou!
É uma forma de ter sempre motivação e continuar no processo perene de crescimento e conquistas. Mas não é sempre que acerto na decisão. E quando ela é errada? Ou não é exatamente aquilo que eu buscava? Mantenho minha cabeça olhando pro horizonte. É preciso olhar pra frente. Aprender com os erros. Aprender a não repeti-los. E aguardar outra bifurcação para escolher o novo caminho. E assim segue a vida... e cada nova decisão é no mínimo uma viagem.
19 de janeiro de 2006
O Retorno
Eu adoro sair. Sair é bom. Seguir é bom. Mudar é bom. Mas voltar também é bom. Ver de novo. Descobrir o que já foi descoberto. A certeza de que tudo está do jeito que sempre foi. Um dos meus maiores prazeres é partir. Mas não abandonar. Abandonar é pesado. Não deixa boas lembranças. Não gera desejo de voltar. Gosto de partir principalmente rumo ao desconhecido. Mas que tão logo tornar-se-á parte integrante da intimidade. Retornar tem um sabor especial. Talvez seja mesmo a re-confirmação de que eu posso sair, porque posso voltar. Certa vez ouvi as seguintes palavras: - vá. Se precisar volte. Nós estamos aqui.
Essas palavras entraram pela minha mente e alojaram-se de maneira eterna no meu coração. É claro que eu sabia que tudo estaria lá. Mas ouvi-las naquele exato momento fez com que essas palavras se tornassem mágicas. São elas o combustível que retroalimenta o desejo contínuo da mudança. Da descoberta. O que será que existe de tão forte em tão poucas palavras? Eu tinha a certeza racional de que tudo estaria lá. Quase que esperando pelo retorno. Mesmo que um retorno efêmero. Mas foi a cumplicidade. Uma cumplicidade ventral. O aval que permite partir. E voltar. Sem medo. Meus amigos já se acostumaram com a minha presença distante. Certa vez, numa conversa despretensiosa, a não ser pelo desejo de matar a saudade, uma amiga comentou: - sabe... outro dia viajei sozinha de carro para outra cidade. Para casa de uma amiga. Era a primeira vez que fazia tudo isso sozinha. Percebi que criei outra percepção da minha família. Outra percepção da minha existência.
Acredito que foram momentos simples. Que para muitos talvez não tenha significado. Mas despertou nela, num breve lapso, um sentimento confortável de existência. De importância. Essa amiga me questionou se eu sentia o mesmo com este meu comportamento errante.Sim. Sinto. E talvez seja isso que me impulsione e ao mesmo tempo tranqüilize a cada novo passo. A cada nova saída. E a cada novo retorno. Sair é bom. Retornar é no mínimo uma viagem.
Essas palavras entraram pela minha mente e alojaram-se de maneira eterna no meu coração. É claro que eu sabia que tudo estaria lá. Mas ouvi-las naquele exato momento fez com que essas palavras se tornassem mágicas. São elas o combustível que retroalimenta o desejo contínuo da mudança. Da descoberta. O que será que existe de tão forte em tão poucas palavras? Eu tinha a certeza racional de que tudo estaria lá. Quase que esperando pelo retorno. Mesmo que um retorno efêmero. Mas foi a cumplicidade. Uma cumplicidade ventral. O aval que permite partir. E voltar. Sem medo. Meus amigos já se acostumaram com a minha presença distante. Certa vez, numa conversa despretensiosa, a não ser pelo desejo de matar a saudade, uma amiga comentou: - sabe... outro dia viajei sozinha de carro para outra cidade. Para casa de uma amiga. Era a primeira vez que fazia tudo isso sozinha. Percebi que criei outra percepção da minha família. Outra percepção da minha existência.
Acredito que foram momentos simples. Que para muitos talvez não tenha significado. Mas despertou nela, num breve lapso, um sentimento confortável de existência. De importância. Essa amiga me questionou se eu sentia o mesmo com este meu comportamento errante.Sim. Sinto. E talvez seja isso que me impulsione e ao mesmo tempo tranqüilize a cada novo passo. A cada nova saída. E a cada novo retorno. Sair é bom. Retornar é no mínimo uma viagem.
16 de janeiro de 2006
O Primeiro Porto
Mudança. O primeiro passo. O primeiro desprendimento. A primeira saída. A primeira renúncia. A primeira incerteza. A primeira insegurança. Um novo passo. Uma nova conquista. Uma nova alternativa. Uma nova entrega. Uma nova descoberta.
E foi assim que começou. De um sonho. Do desejo de conhecer o desconhecido. Do porque não. Dos incentivos instigantes da vida.
Zarpa-se. O que será a realidade? O desconhecido torna-se parceiro. Companheiro. Tudo é novo. Ou será diferente? Pra onde seguir? É preciso dar o primeiro passo novamente. Ativa-se todos os sentidos. Os cheiros. Os toques. Os sons. Segue-se em frente. Toda mudança gera a oportunidade do recomeço.
E foi assim. Deixando fluir. Sentindo-me vivo. Parte integrante. Interagindo. Despreocupado. Aconteceu a primeira descoberta. O desconhecido me fascina. Adoro mudar. Adoro não saber onde estou exatamente. Não saber para aonde estou indo. Não saber aonde estou chegando. Adoro descobrir. Conquistar. Conhecer. São novos sentimentos. Novas referências. Pré-conceitos que desaparecem. São novos sentidos. Novos sabores. Novas sensações. Imiscuir-se com a nova atmosfera. Com as novas energias. Tudo isso embriaga. Entorpece. Narcosa. Anestesia. Vicia. Hipnotiza.
Já são várias partidas. Cada uma única. Especial. Incrível. Inédita. Cheias de incertezas.
A única certeza: o Primeiro Porto. É o Porto Seguro. A família. Os amigos. A cidade. As águas calmas. Os cheiros. Os toques. Os sons. Tudo toma outra proporção. Outro valor. Outra referência. Outro sentimento. Recuperam-se instintos guardados. Mas logo o desejo do novo prevalece. Sobrepuja. Invade. Seqüestra. Mudar é isso. É preciso o primeiro passo. No mínimo uma viagem.
E foi assim que começou. De um sonho. Do desejo de conhecer o desconhecido. Do porque não. Dos incentivos instigantes da vida.
Zarpa-se. O que será a realidade? O desconhecido torna-se parceiro. Companheiro. Tudo é novo. Ou será diferente? Pra onde seguir? É preciso dar o primeiro passo novamente. Ativa-se todos os sentidos. Os cheiros. Os toques. Os sons. Segue-se em frente. Toda mudança gera a oportunidade do recomeço.
E foi assim. Deixando fluir. Sentindo-me vivo. Parte integrante. Interagindo. Despreocupado. Aconteceu a primeira descoberta. O desconhecido me fascina. Adoro mudar. Adoro não saber onde estou exatamente. Não saber para aonde estou indo. Não saber aonde estou chegando. Adoro descobrir. Conquistar. Conhecer. São novos sentimentos. Novas referências. Pré-conceitos que desaparecem. São novos sentidos. Novos sabores. Novas sensações. Imiscuir-se com a nova atmosfera. Com as novas energias. Tudo isso embriaga. Entorpece. Narcosa. Anestesia. Vicia. Hipnotiza.
Já são várias partidas. Cada uma única. Especial. Incrível. Inédita. Cheias de incertezas.
A única certeza: o Primeiro Porto. É o Porto Seguro. A família. Os amigos. A cidade. As águas calmas. Os cheiros. Os toques. Os sons. Tudo toma outra proporção. Outro valor. Outra referência. Outro sentimento. Recuperam-se instintos guardados. Mas logo o desejo do novo prevalece. Sobrepuja. Invade. Seqüestra. Mudar é isso. É preciso o primeiro passo. No mínimo uma viagem.
13 de janeiro de 2006
O início de tudo
As coisas nem sempre começam organizadas, com propósitos definidos. Muitas só dão certas planejadas. Outras, desse jeito, no rompante, no impulso, no incentivo desapercebido da vida. A mesma vida que nos coloca instantes propositadamente acidentais, mudando por completo o futuro que havia sido pensado para o dia de hoje.
Eu li algo que dizia assim: "em todo começo reside uma magia..." A autoria independe. O roubo de idéias aqui é permitido. Esse foi meu primeiro crime. O segundo, outro furto que se fez de impulso, que expulsa o desejo inquietante de expor estes distorcidos e irreais diapositivos. A magia do novo, do início, da descoberta, do nao se sentir achado, do desconhecido, da incerteza. É no mínimo motivante, inquietante.
Então, assim desse jeito mesmo, sem preocupações com o que vai acontecer a partir deste passado, inicio aqui um ambiente onde se pode tudo. Pensar, sentir, expor, criticar, aclamar, reclamar, transgredir, mudar. E mudar é no mínimo uma viagem.
Eu li algo que dizia assim: "em todo começo reside uma magia..." A autoria independe. O roubo de idéias aqui é permitido. Esse foi meu primeiro crime. O segundo, outro furto que se fez de impulso, que expulsa o desejo inquietante de expor estes distorcidos e irreais diapositivos. A magia do novo, do início, da descoberta, do nao se sentir achado, do desconhecido, da incerteza. É no mínimo motivante, inquietante.
Então, assim desse jeito mesmo, sem preocupações com o que vai acontecer a partir deste passado, inicio aqui um ambiente onde se pode tudo. Pensar, sentir, expor, criticar, aclamar, reclamar, transgredir, mudar. E mudar é no mínimo uma viagem.
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